Vid'airada

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Livraria de Antonio Maria Pereira-Editor, 1894 - 213 pages
 

Popular passages

Page 205 - ... (mais que piedade) de tristeza. . . Não era o vulgar brilho da beleza, Nem o ardor banal da mocidade. . . Era outra luz, era outra suavidade, Que até nem sei se as há na natureza. . . Um místico sofrer. . . uma ventura Feita só do perdão, só da ternura E da paz da nossa hora derradeira. . . Ó visão, visão triste e piedosa! Fita-me assim calada, assim chorosa. . . E deixa-me sonhar a vida inteira!
Page 158 - Semana » jornal litterario, o começado romance do pequeno, cuidando que elle se deteria a compor e recompor a continuação, por algumas semanas. Um dia, sentou-se...
Page 158 - ... sei como elle foi dar comigo a escrever o «Anathema» n'um cubiculo da rua do Oiro. O que me lembra é que me saiu muito engraçado o Machadinho, e fiquei admirado, quando me elle disse que tinha" um romance em começo, e muitos romances embrionarios.
Page 162 - Paris, porque, já n'um d'estes ultimos dias, o vimos mofando de si proprio, á conta das phrases sacramentaes com que elle saudava um livro novo, ou canonisava um actor velho. O que eu nunca vi foi escriptor mais subtil e engenhoso no dar noticia de uma obra, feita por pessoa que se não contenta com admirai a, e quer, á fina forca, que o mundo esteja com a sua admiração.
Page 164 - Que outros mettam hombros a grandes historias, romances em largos volumes, contos da proporção de romances; vamos, nós, a entreter-nos, se isto se puder conseguir, com os casos, os ditos, os feitos e gestos de Pedro, de Paulo, de Sancho e Martinho. . . Tudo é grande agora, bem se sabe, lettras, artes, politica, e coisas; deixem, todavia, que um fiel, que sempre foi dado á alegria e á sensibilidade, venha recitar, a meia voz, as suas oracõesinhas, perante o altar da anedocta!

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