Portuenses illustres, Volume 3

Front Cover
Magalhães & Moniz, 1908
 

Selected pages

Contents

Other editions - View all

Popular passages

Page 219 - No mar tanta tormenta e tanto dano, Tantas vezes a morte apercebida; Na terra tanta guerra, tanto engano, Tanta necessidade aborrecida! Onde pode acolher-se um fraco humano, Onde terá segura a curta vida, Que não se arme e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno?
Page 365 - Nom farom estes meis olhos Tal abesso, Que esgravizem os meis dolos Da compeço. Mas se ei for pera Mondego Pois Ia vom, Carulhas me fagaom cego Como ei som. Se das penas do amorio Que ei retouço Me figerem tornar frio Conrei ouço.
Page 369 - Longe vá o sestro agoiro Por diante. Vós vivei um centenario Mui ditoso, Que eu me vou para o trintario Lagrimoso. Se um dia á vossa lembrança Eu vier, Dizei: Egas, tem folgança!
Page 366 - Vae-se o vulto do meu corpo Mas eu não, Que aos pés vos fica morto O coração.
Page 19 - O snr. Ricardo Pinto de Mattos exercita o seu emprego na bibliotheca publica do Porto. Ha annos que lida com livros e com o pensamento na organisação modesta e proveitosa deste Manual. Compulsou de espaço as preciosidades d'aquelle estabelecimento; pouco a pouco foi avolumando as notas dos seus estudos; e, por vezes, transpondo as balisas de mero informador, colheu úteis noticias de livros extrangeiros, correlativos aos assumptos versados nas obras nacionaes que inventariou.
Page 366 - Que de vos nasce; Tranças tendes de espelhar, Lucida face. Não quero os olhos voltar Tam de avesso, Que os meus males vá contar Do começo : Mas se eu for para Mondego Como vou, Carochas me façam cego (Que já o sou !) Se nestas penas de amor Com que lido Como dizeis, esfriar O meu sentido Amae-me assim, se quereis, D'este modo; Senão, peor me achareis Cego de todo. Se vós a mim me deixardes....
Page 368 - Ei bier, Dizei Egas com folgança Hu xiquer. Ah se ouvirdes na mortulha Os campaneiros Retouçade na mormulha Os meis marteiros. Quando ouvires papear O Castejom, Lembrebos lhe fige dar, Ja de cotom.
Page 365 - Que ós cocos bos finca morto O coraçom. Se pensades que ei vom Non no pensedes, Que chantado em bos estom E nom me bedes. Mei jazido, e mei amar Em bos accara: Grenhas tendes d'espelhar E luzia cara.
Page 368 - Por Castilha, Abasmades o mei mal Que dor me filha. Granhais-me por Castijanos, E pestineque, Achantais-me binte enganos Que me seque. Bedes moiro, bedes moiro, Biolante, Longe ba o cestro agoiro Por diante.
Page 104 - En Madrid. | Impresso con licencia en casa de Guillermo Drouy | impressor de libros. Año 1591. j (Colofón) En Madrid ( En casa de Guillermo Drouy | Impressor de libros. | Año 1591. 4.° — 4 hs.

Bibliographic information