Obras de Luis de Camões ...

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Na Officina luisiana, 1779
 

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Popular passages

Page 359 - Dando os corpos a fomes e vigias, A ferro, a fogo, a setas e pelouros, A quentes regiões, a plagas frias, A golpes de Idolatras e de Mouros, A perigos incógnitos do mundo, A naufrágios, a peixes, ao profundo.
Page 30 - Onde pode acolher-se um fraco humano, Onde terá segura a curta vida, Que não se arme e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno?
Page 141 - Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!
Page lxxvi - E aquelles, que por obras valerosas Se vão da lei da morte libertando : Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho, e arte.
Page 307 - Eneias e Quirino e os dous Tebanos, Ceres, Palas e Juno com Diana, Todos foram de fraca carne humana...
Page 239 - Olhai que ha tanto tempo, que cantando O vosso Tejo e os vossos Lusitanos, A fortuna me traz peregrinando, Novos trabalhos vendo e novos danos: Agora o mar, agora exp'rimentando Os perigos...
Page 159 - Estão a teu sobejo atrevimento Por todo o largo mar, e pela terra, Que inda has de subjugar com dura guerra.
Page 196 - Deseja ser com fervida vontade, E só fica por bemaventurado Quem já vem pelo Duque nomeado. LII Lá na leal cidade, d'onde teve Origem (como é fama) o nome eterno De Portugal, armar madeiro leve Manda o que tem o leme do governo. Apercebem-se os doze em tempo breve D'armas, e roupas de uso mais moderno, De elmos, cimeiras, letras, e primores, Cavallos, e concertos de mil cores.
Page 24 - Qual no corro sanguino o ledo amante, Vendo a formosa dama desejada, O touro busca, e pondo-se diante, Salta, corre, sibila, acena e brada: Mas o animal atroce nesse instante, Com a fronte cornigera inclinada, Bramando duro corre, e os olhos cerra, Derriba, fere. e mata e põe por terra...
Page 313 - Ha pouco que passar até o outono; A fortuna me faz o engenho frio, Do qual já não me jacto, nem me abono: Os desgostos me vão levando ao rio Do negro esquecimento e eterno sono: Mas tu me dá, que cumpra, ó grão Rainha Das Musas, co'o que quero, á nação minha!

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