Poesias

Front Cover
A. J. F. Lopes, 1854 - 353 pages
 

Selected pages

Other editions - View all

Popular passages

Page 19 - As filhas do Mondego a morte escura Longo tempo chorando memoraram, E, por memória eterna, em fonte pura As lágrimas choradas transformaram.
Page 257 - Só na guerra se sente o viver, Só na guerra se acabam vaidades, Só na guerra não custa a morrer. Ai que vida, que vida, que vida, Ai que sorte tão bem escolhida ! Ai que vida que passa na guerra Quem pequena na guerra viveu, Quem sósinha passando na terra Nem o pai, nem a mãi conheceu. Quem a vida quizer verdadeira E
Page 24 - No colo de alabastro, que sustinha As obras com que Amor matou de amores Aquele que depois a fez Rainha, As espadas banhando e as brancas flores Que ela dos olhos seus regadas tinha, Se encarniçavam, férvidos e irosos, No futuro castigo não cuidosos. Bem puderas, ó Sol, da vista destes...
Page 120 - Sur ma lyre, l'autre fois, Dans un bois, Ma main préludait à peine ; Une colombe descend, En passant, Blanche sur le luth d'ébène. Mais au lieu d'accords touchants, De doux chants, La colombe gémissante Me demande par pitié Sa moitié, Sa moitié loin d'elle absente.
Page 107 - Dias e noites à barra, Consulta no seu Bandarra A sorte de Portugal! Consulta! tem fé n'aquillo, Poz no livro o coração; Interpreta-lhe o sigillo, Lê n'elle — Sebastião! Conhece, soletra o dia Em que a velha monarchia Do sepulchro surgirá. É propheta! Até nos marca As horas a que o monarcha D'alem mundo voltará!
Page 256 - Se eu depois da batalha o abraço Ai que vida p'ra meu coração. Que ternura cantando ao tambor Ai amor, ai amor, ai amor. Que harmonia não tem a metralha Derrubando fileiras sem fim, E depois, só depois da batalha Vê-lo salvo, cantando-me assim: Entre as marchas fazendo trincheira Mais te amo gentil vivandeira. Não me assustam trabalhos da lida Nem as balas me fazem chorar, Ai que vida, que vida, que vida, Esta vida passada a cantar. Qu'eu lá sinto no campo o tambor A falar-me meiguices de...
Page 110 - Lá dizem as prophecias Não deve temer ninguem. Não deve. Que do nascente, Segundo crê muita gente, Virá vindo a cerração: E depois della desfeita Surgirá a velha seita D'el-rei Dom Sebastião! E depois, por muitos annos, Viverá o bom...
Page 108 - D'além mundo ! Da batalha Por milagre se escapou ; Renegando da mortalha, Da c'roa não renegou ! Ha-de vir. Nas prophecias Dos modernos Isaias, Ha uma que diz assim: — «Se conservarem afinco, No anno d'um tres e um cinco, Espere o povo por mim.
Page xvi - L'auteur de ce recueil n'est pas de ceux qui reconnaissent à la critique le droit de questionner le poète sur sa fantaisie, et de lui demander pourquoi il a choisi tel sujet, broyé telle couleur, cueilli à tel arbre, puisé à telle source. L'ouvrage est-il bon ou est-il mauvais ? Voilà tout le domaine de la critique. Du reste, ni louanges ni reproches pour les couleurs employées, mais seulement pour la façon dont elles sont employées.
Page xiii - N'este canto magoado Disse tudo sem fingir. Poeta da liberdade, Fiz d'esta, nova deidade A dama do meu pensar; Prostrei-me aos pés da donzella, Hei de com ella e por ella A minha terra cantar...

Bibliographic information