Obras do grande Luis de Camões ..., Volume 1

Front Cover
Officina de P. Didot Senior, 1815
 

Selected pages

Other editions - View all

Popular passages

Page 117 - Assi como a bonina , que cortada Antes do tempo foi , candida e bella , Sendo das mãos lascivas maltratada Da menina , que a trouxe na capella , O cheiro traz perdido , ea cor murchada ; Tal está morta a pallida donzella, Seccas do rosto as rosas, e perdida A branca e viva cor, co'a doce vida.
Page 172 - Ó Potestade (disse) sublimada: Que ameaço divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?" Não acabava, quando uma figura Se nos mostra no ar, robusta e válida, De disforme e grandíssima estatura; O rosto carregado, a barba esquálida, Os olhos encovados, ea postura Medonha e má ea cor terrena e pálida; Cheios de terra e crespos os cabelos, A boca negra, os dentes amarelos.
Page 30 - No mar tanta tormenta e tanto dano, Tantas vezes a morte apercebida; Na terra tanta guerra, tanto engano, Tanta necessidade aborrecida! Onde pode acolher-se um fraco humano, Onde terá segura a curta vida, Que não se arme e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno?
Page 120 - Mas quem pôde livrar-se por ventura Dos laços, que amor arma brandamente Entre as rosas ea neve humana pura, O ouro eo alabastro transparente?
Page 154 - Deixas criar ás portas o inimigo, Por ires buscar outro de tão longe, Por quem se despovoe o reino antigo, Se enfraqueça, e se vá deitando a longe...
Page 115 - E se, vencendo a Maura resistencia, A morte sabes dar com fogo e ferro , Sabe tambem dar vida com clemencia A quem para...
Page c - Quando mi vidi giunto in quella parte Di mia età dove ciascun dovrebbe Calar le vele e raccoglier le sarte , Ciò che pria mi piaceva allor m'- increbbe, E pentuto e confesso mi rendei , Ahi miser lasso!
Page clviii - Inclinai por hum pouco a magestade — Que nesse tenro gesto vos contemplo, Que já se mostra, qual na inteira idade, Quando subindo ireis ao eterno templo...
Page 113 - Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus formosos olhos nunca enxuito, Aos montes ensinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas.
Page 46 - Mas moura em fim nas mãos das brutas gentes, Que pois eu fui ... E nisto, de mimosa, O rosto banha em lagrimas ardentes, Como co'o orvalho fica a fresca rosa...

Bibliographic information